terça-feira, 28 de junho de 2011

Como o Wikinomics ajuda na carreira de TI

    Este termo, criado por Don Tapscott e Anthony D. Williams, define a colaboração em massa entre especialistas de um assunto para resolução de um problema ou para definição (explicação) de um termo. Para quem trabalha com TI, isso é tudo.
    Exageros à parte, não é novidade que o ramo de tecnologia é o que mais se altera e mais rapidamente. Geralmente o que um profissional deste setor leva de uma empresa à outra são somente os seus conceitos, conhecer Java, por exemplo. A forma de programação nesta linguagem varia muito de acordo com o framework (resumindo: plataforma de desenvolvimento) adotado. Para esse exemplo, há casos de um mesmo framework ser utilizado de formas muito diferentes. Considerando a quantidade de linguagens de programação e softwares de desenvolvimento existentes, não como conhecer completamente todos, mesmo porque surgem novos constantemente.
    Apesar de não constar na definição do termo, pessoalmente julgo que os fóruns são os "pais" desta idéia. O sistema desses é simples: alguém pergunta, pessoas respondem; numa conversa aberta para que outros possam consultar. O que é muito mais eficiente do que procurar em um livro, por exemplo.
    Na minha humilde opinião, a comunicação entre os profissionais de informática é essencial para a produtividade e para o desenvolvimento profissional. Uma empresa de desenvolvimento que não fornece acesso a internet para seus profissionais de TI dificilmente terá um sistema de gestão de conhecimento de supra as necessidades, mesmo considerando tecnologias mais simples.

ERP e o engessamento de processo

    "Sistema integrado versus planilhas eletrônicas". O título poderia ser esse sob uma visão de como as coisas acontecem na prática. Exceto no "mundo perfeito", a maioria das empresas iniciam a sistematização de suas informações de forma nada sistemática: afinal, no começo, quando há processos, raramente são maduros o suficiente para se tornarem um módulo de algum sistema.
    No início, os responsáveis pela empresa precisam ver como as coisas realmente acontecem e quais informações, quais tipos de relatórios, darão a eles as visões das quais necessitam. Durante esse período de amadurecimento, essas informações sobre os processos (quais são, o quê são, como são e os dados vinculados) ou ficam em arquivos separados ou como conhecimento empírico de quem as manipula ou em um sistema específico para tratá-las. O que é normal e pode ser muito proveitoso, desde que seja temporário. Com o decorrer do tempo e da troca de funcionários na instituição, essa forma de "armazenamento" vai se tornado insegura, muito trabalhosa para extração de dados e inadequada. Geralmente, os processos não são reavaliados e o que estava maduro pode passar a ser ultrapassado. Este processo se encontra engessado.
    Implantar um ERP, ou sistema integrado de gestão, em uma empresa que esteja em uma situação semelhante à citada pode ser, e geralmente é, algo muito custoso. Uma das principais dificuldades pode ser identificar os processos, haja vista que é possível que não haja documentação adequada para muitos deles. O ERP pretende unir os dados e as informações da empresa, substituindo as diversas formas de gerenciamento de informações, sejam arquivos ou sistemas específicos para o setor, em um único sistema. Porém, o que parece ser a solução pode aumentar o problema se não for feito corretamente e com os devidos cuidados: em algumas situações, alguns sistemas especializados são mantidos para evitar alteração no processo. Mas, pessoalmente, nada que um módulo, desenvolvido sob orientação de um especialista da área de negócio, não resolva (sem considerar, certamente, o custo disso).

Como a ISO 9000 influencia minha carreira?

    Tanto para TI quanto para quaisquer outros tipos de instituições, a ISO 9000 designa um padrão para modelo de gestão da qualidade.
    Certamente que seguir normas não garante a qualidade de um produto ou serviço, mas garante que, pelo menos que foi estabelecido por essas, está sendo feito. Utilizando de analogias não convencionais, vamos dizer que o mercado de TI é como em uma feira: muitos vendedores de produtos com a mesma função, são como os vários vendedores de tomates. Alguns supervalorizam a fruta, outros desvalorizam. Dessa forma, não é possível escolher o produto com a regra do "mais caro é melhor". Já que muitos realmente valem o pouco que custam, também é possível selecionar por "pegar qualquer um, pois são todos a mesma coisa". Em meio a essa gama enorme de opções, a barraquinha que diz "orgânicos" ajuda bastante! São realmente bons? Não se sabe, mas pelos menos são orgânicos. Comparando: ainda não há como afirmar que software realmente vai suprir as necessidades da empresa, mas se ele segue a ISO 9000, há como saber as normais às quais ele se enquadra.
    Trabalhando com tecnologia ou em uma feira, quando se tem normas as coisas ficam (ou pelo menos deveriam ficar) mais fáceis, desde a análise à implementação. Mesmo que a empresa não siga as normas, o profissional tem opção de segui-las, dentro do possível e com o que existe na empresa. Ver a empresa como cliente dos seus serviços e não somente como o "empregador" do seu contrato de trabalho pode dar ao profissional uma visão mais empreendedora.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Como a História do Surgimento da Dell Poderia Inspirar Pessoas e Start-Up


    O título desta postagem poderia ser respondido apenas sabendo-se que a Dell começou num dormitório de faculdade e hoje é uma das maiores em seu seguimento. Ou simplesmente que inovou a forma de venda de computadores, num método que funciona com êxito desde 1984. 
    Mas é muito mais do que isso.
    Em 1984, Michael Dell tinha apenas 19 anos, mil dólares e uma idéia. Fundou então a PC´s Limited com o propósito de vender computadores diretamente ao consumidor final e permitir a este escolher a configuração. Resultado: US$ 6 milhões brutos de entrada no primeiro ano. Será que o segredo do sucesso é começar algo enquanto jovem? Ter uma idéia inovadora?
    Eu diria que é executar. Pois ele faturou bastante já no primeiro ano, o que prova que não foi necessário começar cedo por longo prazo para se ter retorno substancial. E a idéia era nova para aplicação à venda de computadores, mas já existia (e com sucesso) para venda de outros produtos. Grande investimento inicial nem se fala, porque mesmo levando em consideração a depreciação da moeda e inflação, o investimento inicial foi baixo.
    Neste caso, concluo apenas que querer é poder. Basta apenas quantificar o quanto se quer, pois será isso que irá definir seu esforço para conseguir.
    É bem difícil inventar algo novo, isto é fato. Mas podemos dar novas aplicações às coisas. Podemos aplicar formas antigas às novas criações. E também podemos aplicar formas antigas e bem sucedidas às coisas já conhecidas e consolidadas, mas de um jeito que ninguém fez antes. Afinal, quanto mais coisas existirem, mais combinações e aplicações poderemos criar.
    Ter pouco recurso não impossibilita quem tem muita vontade, isto foi o que mais me marcou ao ler sobre a história da Dell.


Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dell
http://content.dell.com/br/pt/corp/about-dell-our-story.aspx
http://www.compute-rs.com/pt/conselho-1704501.htm
http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=11969